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Com nível de rio próximo dos 10 metros, caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora em porto no AC: 'Sacrifício'

Caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora no porto de Cruzeiro do Sul Com o nível do Rio Juruá em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, em 9,01 metros nesta ...

Com nível de rio próximo dos 10 metros, caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora em porto no AC: 'Sacrifício'
Com nível de rio próximo dos 10 metros, caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora em porto no AC: 'Sacrifício' (Foto: Reprodução)

Caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora no porto de Cruzeiro do Sul Com o nível do Rio Juruá em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, em 9,01 metros nesta sexta-feira (5), um problema emerge diante desse cenário: a falta de estrutura no porto usado para descarregar cargas vindas de Manaus. Apesar de o nível ser favorável para a navegação, caminhoneiros relataram à Rede Amazônica Acre que há dificuldade de acesso, além de atoleiros e risco de acidentes em meio ao período chuvoso. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Pelo local passam alimentos, produtos de limpeza, materiais de construção, combustíveis e equipamentos, além de mercadorias como produtos agrícolas e madeira legalizada. Contudo, apesar da importância, trabalhadores afirmam que a estrutura precária atrasa todo o processo de descarga. O comandante de embarcação Francisco Aldemir, que atua na rota entre Manaus e Cruzeiro do Sul, descreveu a rotina como um sacrifício e disse que parte do trabalho de acesso ao porto precisa ser feita pelos próprios trabalhadores. "Todos os anos, quando chega o inverno, é esse sacrifício aqui no porto. A gente liga para o Deracre, às vezes eles ajudam, às vezes não. Eles disseram que, se quiser fechar a estrada, pode fechar, mas não vão arrumar porque não tem máquina. A gente está tendo que arrumar com enxada para tentar descer caminhão, com risco de virar", explicou. LEIA MAIS: Imac investiga derramamento de óleo no Rio Juruá; imagens mostram manchas Quase 250 kg de drogas são apreendidas às margens de rio no interior do Acre Homem passa mal, cai de canoa e some nas águas do Rio Juruá em cidade isolada do Acre Ainda segundo Aldemir, a espera para descarregar chega a ultrapassar o tempo total da viagem entre os estados. “Daqui para Manaus eu gasto 15 dias. Estou gastando mais tempo parado no porto para carregar do que na viagem. Isso aqui já passou do limite para nós. Precisamos de uma rampa de concreto para trabalhar com segurança”, completou. Além dos motoristas, cerca de 20 trabalhadores que fazem o transbordo das cargas também são afetados. Eles relatam que faltam equipamentos adequados e pessoal suficiente para agilizar o serviço, o que amplia ainda mais o tempo de espera e compromete produtos perecíveis. Os caminhoneiros contam que, com a chuva e a falta de pavimentação, o acesso até a área de descarga fica quase impossível. A situação leva a atrasos que, em alguns casos, superam o tempo da própria viagem fluvial. O que diz o Deracre Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre) disse que área para novo porto está em transferência ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ainda segundo o órgão, a estrutura atual, construída em 2004, foi afetada por desbarrancamentos e pelas cheias do Rio Juruá, o que comprometeu a operação no local. O Deracre afirmou ainda que enviou máquina e equipe para reforçar o acesso emergencialmente, garantindo apoio até o início das intervenções definitivas. Caminhoneiros enfrentam atoleiros e demora no porto de Cruzeiro do Sul Carla Carvalho/Rede Amazônica VÍDEOS: g1